Fatores Associados às Internações por Hipertensão Arterial Primária
Artigo de Revisão

Palavras-chave

Hipertensão Arterial Primária
Internações hospitalares
Fatores clínicos

Como Citar

Cronemberger Saraiva, F., Ribeiro Castro, I., Eduarda do Nascimento Dias, L., Rocha Nascimento, I., Froes Gomes Santos, R., Cavalcante Morais, R., & Gomes Gonçalves, R. L. (2024). Fatores Associados às Internações por Hipertensão Arterial Primária: Uma Revisão Integrativa. Innovatio&Science Journal, 2(1). https://doi.org/10.5281/zenodo.14613281

Resumo

Introdução: A Hipertensão Arterial Primária (HAP) é uma condição crônica de alta prevalência e uma das principais causas de complicações cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Apesar de ser prevenível e tratável, a HAP ainda apresenta um impacto significativo nos sistemas de saúde, especialmente pelas internações hospitalares evitáveis, que refletem o controle insuficiente da doença e amplificam os custos. Objetivo: Identificar e analisar os fatores clínicos, socioeconômicos e epidemiológicos associados às internações hospitalares por HAP no Brasil. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa de literatura. A questão norteadora foi estruturada com base na estratégia PICO, e a busca ocorreu nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO. Foram incluídos estudos publicados entre 2014 e 2024, seguindo critérios rigorosos de triagem baseados no modelo PRISMA, resultando em uma amostra final de 10 artigos. Resultados:
Os estudos selecionados destacaram fatores como controle inadequado da pressão arterial, barreiras de acesso aos serviços de Atenção Primária à Saúde e desigualdades socioeconômicas como determinantes significativos para o aumento das hospitalizações evitáveis. Tais fatores indicam lacunas tanto na gestão clínica quanto no planejamento de políticas públicas. Conclusões:
Os achados reforçam a necessidade de implementar intervenções que integrem práticas clínicas eficazes com políticas públicas focadas na equidade no cuidado. Melhorar o acesso à assistência primária e promover estratégias de controle da HAP podem reduzir internações evitáveis e otimizar recursos do sistema de saúde.

 

https://doi.org/10.5281/zenodo.14613281
Artigo de Revisão

Referências

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